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Quem tem catarata, tem glaucoma?

As doenças possuem tratamentos diferentes, tanto catarata quanto glaucoma
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A catarata e o glaucoma são doenças oculares que podem levar à cegueira. Apesar de seu prognóstico ser semelhante e muitas vezes as doenças apresentarem sintomas parecidos, elas possuem algumas características específicas que as diferem, assim como seus tratamentos. 

Enquanto o glaucoma gera uma lesão no nervo óptico, a catarata afeta o cristalino, a lente interna dos olhos, podendo ser solucionada com uma cirurgia de transplante do mesmo. Portanto, a primeira não tem cura total, enquanto a segunda é tratada com procedimento cirúrgico. 

As duas afecções tendem a surgir com o processo de envelhecimento. Além disso, fatores hereditários também podem ser determinantes para o surgimento de ambas. 

Nem todo paciente com catarata tem glaucoma ou vice e versa, porém, é bastante comum encontrar indivíduos diagnosticados com glaucoma que desenvolvem a segunda doença com o tempo. Isso acontece porque o tratamento convencional de glaucoma pode acelerar o processo de opacificação do cristalino. 

Neste artigo, vamos te explicar as principais diferenças entre as duas doenças, como funcionam seus tratamentos e quais são as suas principais causas. 

O que é a catarata?

A catarata é uma doença que afeta as células do cristalino. Esta estrutura é uma fina membrana que reveste o olho. Com o envelhecimento essas células começam a degenerar, deixam a visão turva e instaura-se a doença. Com isso, a entrada de luz no olho fica comprometida e, se não tratada, pode levar à cegueira, no longo prazo. 

A doença é subdividida em três classes: congênita, secundária e senil. A catarata congênita é uma anomalia que acomete o bebê no nascimento. Nestes casos, é realizada uma cirurgia para remoção do cristalino e a substituição por um artificial. 

A catarata secundária é aquela causada por outras doenças, como o glaucoma, a diabetes e os tumores. Nestes casos, o tratamento é um pouco mais complexo e envolve o controle das duas patologias. 

A catarata senil é a mais comum de todas, causada pelo envelhecimento. Geralmente, afeta pessoas acima de 50 anos. 

Como é feito o tratamento?

O tratamento definitivo para a catarata é a cirurgia. O nome da técnica utilizada para a remoção da catarata é a facoemulsificação. Ela consiste na utilização de uma cânula que, com a ajuda de um aparelho ultrassônico, é inserida no globo ocular. 

Depois disso, é feito um pequeno corte na região e o cristalino é aspirado. Na sequência, outra cânula é utilizada para inserir a lente artificial intraocular, substituindo a estrutura que foi removida. 

Por ser uma doença degenerativa, na maioria dos casos a cirurgia de catarata é indicada. Recomenda-se o uso de colírios para acelerar o processo de recuperação pós cirúrgico. 

Há também a possibilidade de tratar a catarata com cirurgia a laser. A única diferença entre ela e o procedimento anterior é o material utilizado para remover o cristalino. Enquanto aquele utiliza o bisturi, este realiza o corte com o próprio laser. 

Vale ressaltar que a facoemulsificação oferece um custo benefício mais atrativo aos pacientes, no entanto, o oftalmologista avalia qual o melhor método indicado para cada caso. 

Leia também: 5 Dicas de Como lidar com o glaucoma no dia a dia

O tratamento envolve o uso de colírios
O glaucoma de ângulo aberto pode ser assintomático. (Foto: Envato Elements)

O que é glaucoma?

O glaucoma é uma doença que causa lesões nos nervos ópticos. Isso acontece porque a afecção aumenta a pressão nos olhos, gerando as microlesões. Diferente da catarata, essa é uma doença mais silenciosa, que não possui um padrão de sintomas que se manifestam no paciente. 

É mais comum em pessoas a partir de 40 anos de idade e o tratamento envolve o uso de colírios para diminuir a pressão nos olhos e mitigar os efeitos negativos da doença. 

Também é uma doença que pode levar à cegueira, já que a longo prazo as lesões nos vasos sanguíneos matam as células do nervo óptico.

O glaucoma é dividido em dois grupos: o de ângulo aberto ou de ângulo fechado. No primeiro, a drenagem nos olhos é abaixo do normal. Já no segundo, a malha trabecular é obstruída. Este último é considerado uma emergência oftalmológica e exige atendimento hospitalar imediato. 

No caso do glaucoma de ângulo fechado, o paciente pode apresentar náuseas e vômitos, dores nos olhos, visão embaralhada, vermelhidão nos olhos e perda de visão. Todos esses sintomas podem aparecer de forma brusca e exigem tratamento imediato. 

o glaucoma de ângulo aberto pode ser assintomático. Desta forma, o processo de perda visual acontece gradativamente, do campo periférico ao central, podendo causar cegueira, no longo prazo. 

O tratamento de glaucoma é feito com o uso de colírios que ajudam a diminuir a pressão nos olhos. Em casos mais específicos, uma cirurgia pode ser recomendada. Quando ocorre a cirurgia, o médico desobstrui a malha trabecular, o que diminui a pressão no órgão. 

Posso desenvolver as duas doenças?

A resposta é sim. As duas doenças possuem características muito semelhantes e os danos causados por uma podem desencadear a outra. Por isso, a avaliação de um oftalmologista é muito importante.

Em casos de diagnóstico de catarata o processo cirúrgico pode resolver o problema e restaurar a visão 100%. No entanto, cataratas muito avançadas podem causar lesões mais sérias na visão e desencadear o glaucoma. 

O oposto também pode acontecer. Como o glaucoma de ângulo aberto é pouco sintomático e gera microlesões silenciosas, o avançar da doença pode atingir o cristalino. Além disso, alguns tratamentos para glaucoma tendem a acelerar o processo de opacificação da estrutura.

Pacientes acima de 40 anos precisam ficar atentos
É importante fazer visitas regulares ao oftalmologista para avaliar a saúde da visão. (Foto: Envato Elements)

Conclusão

Catarata e glaucoma são doenças muito semelhantes. No entanto, seus tratamentos diferem um pouco. Enquanto a catarata pode ser tratada por meio de cirurgia, o glaucoma geralmente é amenizado com o uso de colírios. 

Ambas são doenças degenerativas e afetam pessoas com idade mais avançada. As doenças podem ter o tratamento associado, no entanto, o médico oftalmologista avalia quais as melhores combinações terapêuticas indicadas para cada paciente. 

Como forma de prevenção, a partir dos 40 anos é importante fazer visitas regulares ao oftalmologista para avaliar a saúde da visão. Além disso, em casos de sintomas indesejados, não deixe de procurar o seu médico dos olhos.

Agora que você já entendeu a relação entre as duas doenças, clique aqui e conheça a linha de colírios para glaucoma e catarata da Luvera.

Dr. Pedro Silveira

- Estudou Oftalmologia na instituição de ensino Instituto Barraquer de Barcelona - Espanha - Estudou Medicina na instituição de ensino Faculdade de Medicina da Santa Casa de São Paulo CRM/SP 31197

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- Estudou Oftalmologia na instituição de ensino Instituto Barraquer de Barcelona - Espanha - Estudou Medicina na instituição de ensino Faculdade de Medicina da Santa Casa de São Paulo CRM/SP 31197

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