A catarata congênita é uma doença ocular que afeta a transparência do cristalino — estrutura responsável por focalizar a luz nos olhos. Quando essa estrutura fica opaca, a acuidade visual é prejudicada.
A pupila branca ou leucocoria é o principal sintoma da catarata congênita. Além disso, o estrabismo, o nistagmo e a ausência de fixação visual, podem indicar a doença.
A catarata congênita é uma das principais causas de cegueira infantil no mundo. Estima-se que a doença seja responsável por 5,5% a 12% dos pacientes com visão subnormal no Brasil. A doença pode afetar somente um olho ou ambos. Como é o caso dos outros tipos de catarata, a turvação do cristalino bloqueia a visão.
A identificação da catarata congênita é feita pelo oftalmologista logo nos primeiros dias de vida do bebê, através da avaliação clínica e de exames específicos. O tratamento é realizado com cirurgia, que consiste na remoção do cristalino opaco e colocação de um novo cristalino artificial.
Neste artigo, vamos explicar quais são as principais causas da catarata congênita e como é feito seu diagnóstico.
Como é diagnosticada a catarata congênita?
O diagnóstico precoce da doença é essencial para evitar complicações na visão do bebê. O ideal é examinar o recém nascido ainda na maternidade.
A avaliação é feita pelo médico oftalmologista, através do teste do olhinho. O teste é rápido e simples, com duração média de 3 minutos. O médico coloca um feixe de luz no olho do bebê e observa se há reflexo das pupilas.
Além disso, o profissional também investiga o histórico de doenças da mãe e como se deu o processo de gestação da mesma. Sendo assim, o período mais favorável para a intervenção do problema é o mais precoce possível, de preferência quando o bebê ainda estiver na maternidade.
O oftalmologista também pode solicitar uma ultrassonografia ou outros exames do olho para confirmar o diagnóstico da doença.
Leia também: Tipos de cataratas nos olhos: senil, traumática, congênita e secundária
Quais são as causas da catarata congênita?
A catarata congênita possui característica multifatorial, ou seja, pode ser influenciada por diversos fatores. Pode ser resultante de infecções intrauterinas, associada a problemas hereditários, e a comportamentos contra indicados da mãe durante a gestação.
Por isso, algumas medidas preventivas são necessárias para ajudar a evitar a doença. Recomenda-se que a mãe faça o pré natal e mantenha as visitas frequentes ao médico durante a gestação.
Também é recomendado a imunização contra a rubéola, assim como examinar o recém nascido ainda na maternidade ou nos primeiros 30 dias de vida para identificar se há alguma anormalidade com a visão.
Como é o tratamento da catarata congênita?
Diferente dos demais tipos de catarata, que podem ser tratadas de forma clínica com o uso de colírios, a do tipo congênita necessita de cirurgia.
O médico faz a remoção cirúrgica das cataratas e pode implantar lentes artificiais. No procedimento também é verificado se o paciente possui ambliopia. A remoção do cristalino é feita com uma incisão no olho do paciente. Também é possível implantar uma lente de plástico ou silicone (intraocular), assim como acontece nas cirurgias de catarata em adultos.
Em muitos casos, o cirurgião implanta a lente intraocular na criança somente após os seis meses de idade. Antes disso, ela utiliza lentes de contato para corrigir a visão.
Assim como o diagnóstico deve ser precoce, o tratamento da catarata congênita deve ser realizado entre quatro até seis semanas após o nascimento do bebê.
Conclusão:
A catarata congênita é uma anomalia com etiologia diversa. Seu aparecimento pode estar relacionado ao comportamento da mãe durante a gestação, assim como fatores hereditários ou infecções intra uterinas na gravidez.
O diagnóstico é realizado pelo oftalmologista nas primeiras semanas de vida com exame físico e exames de imagem.
O tratamento cirúrgico deve ser realizado em até seis semanas após o nascimento da criança.
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